A mãe de Pedro
Vou contar uma história que minha avó me contou. É um conto popular, não está registrado em nenhum texto bíblico, etc.
Pedro, o apóstolo, tinha uma mãe muito ruim.
Ela nunca havia feito nenhuma boa ação, caridade ou oferta em sua vida.
Certo dia, ela estava lavando as verduras no rio, e uma folha escapou-lhe as mãos. Ela tentou agarrá-la, mas não conseguiu. Então, mais por falar, disse “ah, vai pros santos”.
Então um dia ela morreu, e como não seria surpresa pra ninguém, foi para o inferno.
Pedro ficou penalizado pelo destino de sua mãe, e intercedeu por ela junto a Jesus.
Jesus disse então a ele que se ela tivesse feito alguma coisa boa em sua vida, poderia ser salva. Pedro procurou na história de vida de sua mãe alguma boa ação, e a única coisa que conseguiu encontrar foi aquela folha. Mas para Jesus, foi o suficiente, ele autorizou que Pedro a salvasse.
Pedro foi ao inferno, munido daquela folha, e a estendeu para sua mãe, que sofria entre as outras almas penadas.
Mas quando Pedro puxava sua mãe, as almas penadas se agarraram à ela, tentando se salvar.
Pedro não ligou, e iria puxá-las junto com sua mãe de qualquer forma. Mas a mãe de Pedro começou a chutá-las e gritar “arrumem filho santo vocês!”
Vendo aquilo, Pedro ficou cheio de cólera, largou a folha e disse “que você vá mais para o fundo dos infernos do que já estava!”
Na caridade há salvação
O que aconteceu com a antiga guarderia de windsurf de Camboinhas
Algumas histórias ficam perdidas, pois não há registros dos acontecimentos. Elas existem apenas nas cabeças dos que ainda lembram. E esta, embora possamos achar alguns registros dos desdobramentos, mora em minha lembranças.
Vamos lá!
Antigamente, quando eu ainda era um adolescente, havia uma guarderia de windsurf no canto da praia de Camboinhas, logo do lado do canal que liga a lagoa com o mar. Eu, que fui aluno lá, passei uns dos melhores momentos da minha vida velejando. Sei a importância de uma guarderia para o esporte: é humanamente impossível montar o mastro na vela todo dia. Com os serviços oferecidos, podíamos guardar a vela lá com o mastro montado, para que na hora de velejar fosse só montar na prancha.
Mas nem tudo são flores, porque os olhos cobiçosos das empreiteiras invejavam a localização privilegiada da guarderia, e queriam expulsar o pessoal de lá.
Eis que tiveram uma ideia!
Havia um projeto de preservação de um cemitério indígena nas redondezas. Por que não então trazer uns índios para morarem ali?! Isto geraria um enorme capital social, e as empreiteiras não teriam como se impôr naquele terreno.
Tipo e feito, foi providenciado a transferência dos índios para o local. Índios estes que nem eram da tribo cujo cemitério indígena guardava. Mas quem se importa?!
Só que as empreiteiras não deram trégua.
Era coisa de aparecer carros pretos filmados, sem placa, cheios de gente armada… para intimidar.
O pessoal da guarderia finalmente arregou, e foi procurar seus ventos em outros lugares.
Mas os índios foram uns empata-foda para o pessoa das empreiteiras, e ficaram lá! Pelo menos até junho de 2013
P.S.: hoje em dia tem outro esquema funcionando no local, mas não é o mesmo da história
Elogio ao aparato de papel de banheiro
É uma das coisas que dá uma raiva enorme tentar secar a mão e a geringonça que colocaram lá para servir de suporte para os papéis ser uma porcaria!
Portanto, venho aqui fazer um elogio à esta marca, que provém o suprimento correto de papéis, sem desperdício, e não desperta raiva no usuário!
Recomendo a instalação em qualquer banheiro do país.
O Julgador
F. saiu de seu prédio de manhã.
O dia não estava tão ensolarado, mas ele usava seus óculos escuros. Ferramenta super importante para sua atividade, evitava que percebessem para onde estava olhando. Atividade, devo dizer? Era mais como um estilo de vida. Assim como os ornitólogos observam as aves, F. fazia de sua visão a ferramenta para decretar o que o universo exigia de alguém com seu discernimento, o julgamento. Pois o que está para ser visto, está para ser julgado.
Mas não pensem que era um trabalho fácil. Anos de experiência se acumulavam nas costas de F. Era mais que um hobbie, era uma responsabilidade! Quase um dever cívico, que ele cumpria com a maior presteza e dedicação. Era assim que tinha que ser. Continue reading
Gaming…
Um tempo atrás, eu estava em um ritmo insano de estudos na faculdade. Meu Nintendo Switch estava literalmente pegando poeira, e ofereci emprestado para um amigo meu. Algum tempo depois, estava precisando de um computador para levar pra faculdade, e este meu amigo generosamente fez uma proposta de comprar o vídeo-game. Troquei-o então por um Chromebook, que atendeu as minhas necessidades acadêmicas no momento. Continuei estudando como um condenado.
Não é que me forçasse a não jogar vídeo-game. Eu ainda gostava, mas quando começava a jogar vinha aquele sentimento de que estava perdendo tempo, que poderia estar investindo este tempo em leitura ou estudo. E acabava não jogando nada além de xadrez [1]que gera reserva cognitiva, então não me importava de investir alguns minutos.
Os tempos mudaram, e me encontrei numa situação de extremo estresse. No desespero, fui tentar aquilo que outrora havia repudiado. Peguei um PS3 antigo que tinha, e joguei alguns minutos de InFamous. Nossa! A dopamina que os vídeo-games liberam é maravilhosa!
Lembrei um caso, que demonstra a sabedoria do meu irmão.
Ele estava estudando para o vestibular, no 3º ano. Sabem como é, um ritmo alucinado.
Eu chamava-o para fazer alguma coisa, e ele respondia “não posso, estou investindo”, e continuava estudando.
Um dia, passei pela porta do quarto dele aberta, e ele estava jogado Counter-Strike.
Questionei-o “Ué, não está investindo?!”
No que ele replica, “estou investindo em felicidade“.
As pessoas precisam de felicidade. E eu, em minha soberba, deixei este lado que um dia foi tão presente em minha vida.
Voltarei a jogar. Com moderação, claro.
Registrarei minha nova incursão pelo universo dos jogos nesta categoria do blog.
Quem sabe não me ajuda com a quantidade absurda de estresse que tenho passado.
References
↑1 | que gera reserva cognitiva, então não me importava de investir alguns minutos |
---|
Fidelidade
“Não contratamos brancos”
Por favor, se sua empresa não vai contratar brancos, eu (branco) dou todo o meu apoio para que você possa dizer abertamente que não vai me contratar! Não quero que você seja processado por racismo, não quero que seja obrigado a não anunciar isto publicamente…
Simplesmente porque, se você não quer contratar brancos, não vai fazer isto de qualquer forma, anunciando ou não. Então, eu perderia meu precioso tempo indo lá para entregar meu currículo e participar do processo de seleção, para no final não ser contratado de qualquer forma.
É claro, se eu ver uma empresa dizendo que não contrata brancos, vai entrar na minha lista de boicote permanente. Mas é mais vantajoso para mim que você, Sr. Discriminador, mostre para todo mundo as suas cores.
Obrigado!
ATENÇÃO
ATENÇÃO: o sistema do meu blog está programado para publicar uma mensagem previamente redigida, caso eu fique sem acessá-lo durante uma semana. Estará tudo aqui.
Sim, aqui mesmo, nesta página.
Caso eu seja impedido de ter acesso ao sistema deste blog, para mudar a data, a postagem será publicada.
Tumblr e o retweet
Já ouviram falar do Tumblr? Bem, talvez nem todos. É uma rede de blog, por assim dizer, que os executivos da Yahoo! fizeram questão de afundar. Ele funcionava encima de um esquema de reportagens, similares a que se faz quando se dá um retweet. O negócio é que graças à este modelo de reciclar o material, em poucos minutos você poderia fazer a sua página apresentar uma aparência maravilhosa, e ter o sentimento de que ela era “sua”, mesmo com o conteúdo sendo 100% de outras pessoas.
É deste sentimento que quero falar aqui. O de achar que uma informação ou material recém adquirido é “seu”. A maioria das pessoas que usam a internet hoje em dia o fazem à partir dos celulares, e pesquisar sobre um conteúdo no celular é dezenas de vezes mais trabalhoso que apenas clicar no botão para que a informação seja replicada.
Mas o problema não para aí! Não é só na republicação em redes sociais que reside o perigo. Muitas vezes a replicação do conteúdo no boca-a-boca também obedece mecanismo similar. Existem estudos que mostram que as pessoas que acabaram de adquirir um conteúdo se acham muito mais capazes de empregá-lo que pessoas com um conhecimento mediano. Ou seja, se você acha que entende alguma coisa depois de ver um vídeo de 10 minutos, tome cuidado. Só se passa a ter uma noção do assunto quando se descobre o vasto universo que se está estudando e se chega a conclusão que “só sei que nada sei”.