
Para quem tem a sorte (até agora, hehe) de não estar envolvido nesta discussão, há um tempo atrás a esquerda tentou fazer a empreitada impossível de cancelar a J. K. Rowling, autora de Harry Potter. Só que eles não perceberam uma coisa: para uma pessoa ser cancelada, ela tem se estar submetida ao grupo cancelador, e a J.K. está em um nível de fama muito acima da influência dos grupos que a quiseram cancelar.
Mas a história vai além do fiasco que foi esta tentativa pífia de cancelamento. A questão é que eles não só falharam em tanto, como conseguiram formar um adversário de peso.
Tudo começou quando a JK questionou terem chamado as mulheres de “pessoas que menstruam”. Era uma tentativa pelo movimento trans de ser inclusivos com quem se identificava como mulher, mas por razões óbvias não menstruavam, e acabou por ofender boa parte das mulheres biológicas.
JK sempre tinha de mostrado como tendo inclinações à esquerda, depois dos ataques que sofreu, começou a militar nesta causa. É então que surge o “movimento” de algumas pessoas “considerarem” que Harry Potter não tem autor. Mesmo passando a odiar a criadora dos livros, eles não conseguiam de dissociar da obra. Deve ter rolado uma boa dissonância cognitiva neste pessoal, até que chegaram à conclusão de que poderiam anular o status de autora da obra. O que, é claro, não faz nenhum sentido.
Existe a discussão de se apreciar o conteúdo de um autor duvidoso poderia ser feito mantendo a distância entre a obra e o criador. Por exemplo, se descobre-se que um ator famoso é um pedófilo, sua atuação em filmes deveriam ser desmerecidas, e as obras evitadas? Mas o que este pessoal tentou fazer não faz sentido, porque foi além de separar o ator da obra, foi negar a autoria da obra, o que é bem diferente.
Harry Potter estará sempre registrado nos corações e mentes de uma geração inteira, e continuará a influenciar gerações vindouras. Independente do que a polícia do pensamento possa achar.