Quando era pequeno, minha professora de Português passou para a turma a tarefa de ler e apresentar para a turma trechos do livro Onde fica o Ateneu.
O livro conta a história de um detetive particular que é contratado para o estranho caso de descobrir onde fica O Ateneu, da obra de Raul Pompéia.
Nunca vou me esquecer de quando estava lendo de frente para a turma e cometi o erro crasso na hora do plot twist do livro… Ao invés de ler “meu cliente na verdade é meu pai”, eu li “meu cliente na verdade é meu p… “. A turma não conseguia parar de rir, a professora ficou possessa porque não conseguia continuar com a aula.
Não tinha parado para ler a obra em si, até que no último dia do ano de 2022 me deparei com o livro em um preço módico. Apesar de ser super fácil de achar de graça em ebook, eu gosto da sensação de ler livros físicos, e este mesmo antes de ser lido tem um lugar reservado na minha memória.
O que me leva a questionar se seria tão ruim assim essa corrente de fazer obras mais simplificadas, mais atraente para as pessoas mais novas. Acabarei lendo o livro, agora que já estou mais evoluído intelectualmente e ele me será mais palatável.