“Se fere minha existência serei resistência”

Quem já não escutou esta bravata esquerdista?!

Mas há uma verdade por trás dela, muito mais do que se entende por vida, no sentido de impedir que nos matem…

Pensemos em perpetuação.
O que entende-se por isto?
Se você perguntar para um conservador, ele vai te dizer, filhos, família.
Mas e para alguém extremamente progressista? Perpetuação nestes quesitos parece ser tão relevante?
Não estou dizendo que esquerdistas não possam ter e amar seus filhos, mas quando se fala e perpetuar, parece que é muito mais no sentido ideológico que efetivamente em ter prole.

Quem é conservador, instintivamente pensa em passar quem eles são adiante por meio de seus filhos. Neste caso, se dá uma perpetuação biológica e ideológica. Pois o tempo prolongado de exposição aos pais faz com que os filhos absorvam muito deles, por mais que passem pela rebeldia da adolescência.

É então que vem o grande conflito entre Conservadores e Progressistas…
Os primeiros, puseram grande esforço em garantir sua continuidade, através de sua prole.
E os segundos veem esta prole como receptáculo para sua ideologia. Só poderia dar ruim.

Os dois maiores sonhos da humanidade, desde a antiguidade eram:

  • Voar
  • Viver para sempre

Já conseguimos voar, através de aparatos tecnológicos.
Mas viver para sempre, o mais próximos que chegamos é deixar espalhados pelo mundo partes de nós. Como filhos ou ideias.
Uma vez que um grupo nega ao outro a possibilidade de continuar existindo, seja carregando a herança familiar, ou servindo de suporte para as ideias daqueles que tem uma tradição de continuidade um pouco diferente dos primeiros, é claro que sairão atritos.

Ambos lutam pela direito de continuar existindo no mundo.

Quem está certo?
Bem, quem já viu um casal segurando um recém nascido, sabe como responder esta pergunta…