Liberação das drogas

Apesar do meu superego ser conservador, eu sou libertário.
É do meu entendimento que o Estado não tem capacidade de resolver o problema das drogas, e com suas medidas contra, acabam apenas aumentando a violência.
De forma que, apesar de achar que as drogas são horríveis e destroem famílias, o dano que a luta pela sua proibição causa excede em muito as vantagens da redução do uso.

Basta ver o que aconteceu nos EUA, na época da Lei Seca.
Houve benefícios atingidos com esta lei? Sim, houveram.
Mas as organizações criminosas aumentaram em muito sua força, eclipsando qualquer vantagem atingida.

Portanto, eu apoio a liberação. Não “legalização”, “liberação”.
Porque, se tornarem legais, e o preço para comprar em  pontos de venda legalizados for absurdamente maior que nas bocas de fumo (adivinhem!), o pessoal vai continuar comprando com os bandidos.

“Ah, mas as drogas destroem a vida das pessoas…”
Concordo 100%!
Tem que ser muito estúpido para se meter com uma coisa destas.
Mas eu acho que se a pessoa for maior de idade, e estiver em posse dos seus sentidos, tem o direito de assinar um contrato que diga “quero me foder”.
Sim, é muita burrice, mas ela tem o direito.

Continuarei fazendo pressão social contra o uso, mas a proibição tem que cair…

“Pô, não fala não que o pessoal acha chato…”

“Não fala não que gera intriga…”

“Não fala que tenho algo pessoal contra…”

“Não fala, que eu finjo que não sei do seu posicionamento!”

“Vou te cancelar se você não falar o que eu quero!”

Daqui a pouco, não se pode fazer piada com o peso do seu cachorro…

A espiral do silêncio acaba vitimizando até os mais complacentes, e inclusive quem está do lado “certo” acaba sentindo os efeitos. Ou vai dizer, senhor esquerdista, que nunca se sentiu pisando em ovos perto das pessoas do seu próprio lado?!

Resistir não é uma opção, é a única opção.

Dom Casmurro e Mises

Qual a relação entre a obra de Machado de Assis com Mises?
Veja bem, quando Dom Casmurro foi escrito, era consenso geral que Capitu tinha traído. A obra não era sobre se ela tinha traído ou não, era uma exposição do caso de Bentinho. A discussão de que talvez ela não tenha traído, é algo contemporâneo.

A mesma coisa com a discussão de se o nazismo seria uma forma de socialismo ou não: é uma narrativa contemporânea. Na época em que este livro foi publicado, em 1944, o consenso era de que, sim, nazismo era uma forma de socialismo.

Ainda mais se você despir os governos de toda a ideologia, e analisar apenas pelo viés econômico. Tem como não dizer que o nazismo está mais para a esquerda que para a direita?!

Não é de se admirar que na internet exista uma horda que vai atacar à mordidas quem disser isto. Já vi gente defendendo que A Revolução dos Bichos não era uma crítica à Revolução Russa, e sim ao capitalismo. Juro. E estou até agora sem entender que ginástica mental a pessoa fez para chegar à esta conclusão.

Lucas (@meninodovicio) – Um caso de superação envolvendo leitura

Lucas é uma das tantas pessoas que está na luta para se livrar do vício. Na verdade, quem já foi viciado nunca vai estar completamente livre, sempre vai haver algum resquício no psicológico que os tornem mais propensos que a maioria da população a usar, o que torna a vida destas pessoas mais difícil.

O diferencial do caso dele, é que ele se tornou relativamente famoso na internet, por conta do método que usa para evitar recaídas: a leitura.

Segue o TikoTok e Instagram dele:
https://www.tiktok.com/@meninodovicio
https://www.instagram.com/meninodovicio

 

Harry Potter sem autor?! Polêmica envolvendo J.K.

Para quem tem a sorte (até agora, hehe) de não estar envolvido nesta discussão, há um tempo atrás a esquerda tentou fazer a empreitada impossível de cancelar a J. K. Rowling, autora de Harry Potter. Só que eles não perceberam uma coisa: para uma pessoa ser cancelada, ela tem se estar submetida ao grupo cancelador, e a J.K. está em um nível de fama muito acima da influência dos grupos que a quiseram cancelar.

Mas a história vai além do fiasco que foi esta tentativa pífia de cancelamento. A questão é que eles não só falharam em tanto, como conseguiram formar um adversário de peso.

Tudo começou quando a JK questionou terem chamado as mulheres de “pessoas que menstruam”. Era uma tentativa pelo movimento trans de ser inclusivos com quem se identificava como mulher, mas por razões óbvias não menstruavam, e acabou por ofender boa parte das mulheres biológicas.

JK sempre tinha de mostrado como tendo inclinações à esquerda, depois dos ataques que sofreu, começou a militar nesta causa. É então que surge o “movimento” de algumas pessoas “considerarem” que Harry Potter não tem autor. Mesmo passando a odiar a criadora dos livros, eles não conseguiam de dissociar da obra. Deve ter rolado uma boa dissonância cognitiva neste pessoal, até que chegaram à conclusão de que poderiam anular o status de autora da obra. O que, é claro, não faz nenhum sentido.

Existe a discussão de se apreciar o conteúdo de um autor duvidoso poderia ser feito mantendo a distância entre a obra e o criador. Por exemplo, se descobre-se que um ator famoso é um pedófilo, sua atuação em filmes deveriam ser desmerecidas, e as obras evitadas? Mas o que este pessoal tentou fazer não faz sentido, porque foi além de separar o ator da obra, foi negar a autoria da obra, o que é bem diferente.

Harry Potter estará sempre registrado nos corações e mentes de uma geração inteira, e continuará a influenciar gerações vindouras. Independente do que a polícia do pensamento possa achar.

Programa pseudointelectual

É como eu e minha namorada brincamos ao chamar quando um programa, em geral uma ida ao cinema ou ver uma série, é precedido por algum “estudo” sobre o tema.

Por exemplo, não basta assistir o filme, é necessário ter lido a obra em qual foi baseado, para participar de forma mais completa da experiência.

Como assistir O Nome da Rosa depois de ter lido o livro homônimo de Umberto Eco.

Por que “pseudointelectual”? Bem, originou-se a brincadeira na pose de algumas pessoas em destacar sua autoridade sobre algum material cultural ao responder a pergunta “viu filme?” com um “eu li o livro…”

Ohhhh

Parabéns, coleguinha. Cê é o bicho!

Não posso negar que gosto de fazer o programa, mas não me sinto o tal por conta disso.

Minha nerdice, no entanto, me livra completamente da vergonha de dizer “o livro é melhor!”

Por que pretendo postar mais ativamente no blog

Ao ler o livro A Mente Moralista [1]Não estou ganhando comissão por esta indicação, me deparei com alguns artigos[2]https://psycnet.apa.org/record/2010-09431-001 que mostram que as pessoas agem de forma mais ética quando há algum indicador psicológico de que estão no claro ou sendo observadas.

Portanto, pretendo usar a exposição como forma de me fazer produzir mais, uma vez que, como estudante, meu papel é dedicar meu tempo à vida acadêmica.

Deixarei a timeline principal para as coisas mais relevantes, e usarei o microblog para as menores.

References

References
1 Não estou ganhando comissão por esta indicação
2 https://psycnet.apa.org/record/2010-09431-001