Quem já viu, e tem um pingo de discernimento, percebe que o documentário Netflix sobre “O Dilema das Redes [sociais]” é um peça de propaganda que visa que as pessoas não fiquem tão conectadas.
Qual a vantagem disto para a esquerda? Bem, é simples: num ambiente de livre concorrência de ideias, o argumento da direita vence muito facilmente. As pessoas não são tão burras, se não estiverem no curral da esquerda, lendo apenas jornais e vendo Globo News, logo percebem que o que a esquerda fala é apenas narrativa. Não adianta que doutrinem a pessoa durante 4 horas por dia na faculdade, se este mesmo chegar em casa e assistir 10 minutos de um vídeo do seu influencer de direita favorito, a doutrinação cai por água à baixo. Os esquerdistas se desesperam quanto à isto, porque não possuem mais o monopólio dos meios de comunicação.
A coisa funcionava muito bem para eles, quando fizeram a jogada certa e dominaram os meios de comunicação e as faculdades. Só que eles não contavam com uma coisa: a internet.
A informação descentralizada e distribuída torna qualquer um capaz de ir atrás dos conteúdos que quiserem, e não mais ficar dependentes da doutrinação esquerdistas se quisessem se manter informados.
Mas, calma, nem tudo são flores. Não é porque a direita domina a internet que o vício na mesma seja uma coisa boa! A moeda da internet é a atenção, e os mecanismos usados para manter o usuário preso são, literalmente, os mesmos que usam em máquinas caça-níqueis. Em suma, não é nada saudável.
Então, temos que dar o braço a torcer quando dizem que não é bom ficar viciado em redes sociais, apesar disso ajudar a direita à fazer as pessoas se esquivarem da doutrinação.
Por isto, neste post seguem algumas dicas de como de esquivar do vício em YouTube e ao mesmo tempo não deixar se consumir seu conteúdo favorito.
YouTube & RSS
Você usa o recurso “ver depois” do YouTube? É aquele relógio na thumbnail do vídeo que você clica e marca o vídeo para a lista do que ainda assistir. Quando notei, esta minha lista estava com quase 500 vídeos! O que se tira desta observação? A oferta de conteúdo relacionado ao que o usuário[1]No documentário supracitado eles falam que duas indústrias chamam seus clientes de “usuários”, as redes sociais e os cartéis de drogas está assistindo deixa-o cada vez mais viciado na plataforma, prendendo sua atenção, o que faz com que ele gaste mais tempo vendo vídeos, e assistindo as propagandas.
Como se livrar disso? Bem, dá um pouquinho de trabalho, se você é destes que acessa tudo apenas pelo celular, mas se você consome conteúdo pelo computador é bem mais fácil.
Primeiro, pare de usar o Google Chrome e migre para o Brave.
Ele roda no mesmo “motor” que o Chrome, então a maior parte das extensões que funcionam no navegador do Google via funcionar nele também.
Qual a vantagem? Ele possui um Adblock interno, que faz parte do seu modelo de negócios, então não precisa ser atualizado cada vez que os anunciantes inventam uma nova forma de contornar os bloqueadores de anúncios. O Brave tem app para os celulares também, e o adblock nativo dele funciona muito bem igualmente como no desktop.
Feito isto, no desktop, instale a extensão UnHook YouTube – excluir distrações.
Com ela, você pode fazer sumir a barra de vídeos recomendados, e até os comentários dos vídeos (é opcional, você pode tirar os vídeos relacionados mas não os comentários). Enfim, tudo que tira sua atenção e oferece conteúdo extra além do vídeo, e que fazem você ficar viciado na plataforma.
Assim, o algoritmo não fica te “fisgando” para consumir cada vez mais conteúdo, e você assiste seus vídeos sem distrações.
Mas ainda não acabou!
Como fazer então para saber se tem coisa nova sem ser vítima do algoritmo?
Muita gente não sabe, mas existe uma coisa chamada RSS.
RSS é um mecanismo pelo qual sistemas de internet disponibilizam os “feeds”, que são listas em formato XML (calma, você não precisa saber o que é isto!) apenas com o conteúdo da página. Isto é, sem os elementos do site, como layout, propagandas, etc.
O YouTube também tem isto, mas fica meio que escondido, para os usuários se acostumarem a entrar no site e no app, ao invés de consumirem o conteúdo pelo RSS. É mais interessante para eles, porque consumindo o conteúdo por um agregador RSS você não fica sendo atraído por novos vídeos.
Para começar a usar o RSS, para saber se tem vídeos novos do YouTube, procure por Feedly na loja de apps, ou (no desktop) acesse o link.
Um agregador RSS é onde você coloca seus feeds. Com ele você tem acesso direto ao conteúdo, não se distraindo pela formatação do site, e de quebra consegue saber se tem conteúdo novo.
No YouTube, você nunca sabe se saiu vídeo novo do seu canal favorito. Então entra na esperança se que dá haver vídeo novo. As vezes tem, as vezes não tem. Isto, em psicologia, chama-se reforço positivo intermitente, e não é por acaso que é usado para viciar a audiência. Com o RSS, quando você acessa o app/site do Feedly, será mostrado o número de posts/vídeos não lidos. Assim você sabe se tem coisa nova, e não fica viciado em acessar cada página para ver se tem coisa nova.
Como adicionar o RSS dos canais do YouTube ao seu Feedly?
Copie o seguinte link
https://www.youtube.com/feeds/videos.xml?channel_id=
Ele não está completo!
Você via ter que entrar na página do canal que quer adicionar para completá-lo.
Dá ao seu canal de preferência, e clique no …mais, como mostra a imagem:
Vai abrir um box. Vá até o final, e clique em “Compartilhar canal”, escolhendo “Copiar ID do canal”
Com o ID em mãos, complete a URL que já tínhamos a primeira parte.
A do exemplo ficará assim:
https://www.youtube.com/feeds/videos.xml?channel_id=UCLTWPE7XrHEe8m_xAmNbQ-Q
Se você abrir o link, verá um monte de códigos. Isto é o feed RSS do canal.
Colocando em um agregador RSS, ele te mostra só o conteúdo do site, e nada a mais.
Outra vantagem é que o conteúdo é mostrado na ordem que ele foi publicado, e apenas as páginas que você está seguindo. Impedindo assim que o algoritmo te manipule.
Enfim, com o link em mãos, vá ao site do Feedly, clique em “Follow Sourcers” na barra da direita, e ai é só colocar o link na página que abrir, e seguir o canal.
Pronto!
Sem distrações, e sem algoritmo!
References
↑1 | No documentário supracitado eles falam que duas indústrias chamam seus clientes de “usuários”, as redes sociais e os cartéis de drogas |
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