Category Archives: Pensamentos

1984 e a Polícia do Pensamento

Terminei ontem a releitura anual de 1984, do George Orwell. Sim, releio todo ano, é meu livro favorito de todos os tempos! Meu exemplar já passou por muita história, e já está todo gasto de tanto que eu o leio. Já também li em Inglês, versão eBook, audiobook, outras edições etc.

Mas porque tamanha paixão por este livro? Porque ele, apesar de ter sido escrito há mais de meio século, se relaciona perfeitamente com a opressão política que sofremos atualmente.

Mas vamos do começo.
George Orwell, pseudônimo de Eric Arthur Blair, não era de direita.
Em fato, ele era super de esquerda! Como então este livro foi cair como queridinho de muita gente da direita?
Bem, temos que voltar um pouco no tempo…

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Porque me arrependo de não ter ido ao ato pró-anistia

Era um sábado, quando descobri que o pessoal da manifestação programada para Domingo, à qual estava pretendendo ir, estava vetando a pauta pró-Impeachment, e visando unicamente a anistia.

Pensei, “cara, por mais que eu ache que a punição do pessoal de 8/1 seja desproporcional, nestes termos meu apoio estaria dando força ao culto à personalidade, e não à causa da direita”. E passei meu Domingo estudando.

Conheço algumas pessoas que também pensaram da mesma forma, muito embora nenhum de nós tivéssemos feito campanha para menos gente ir, e ficamos felizes que o ato tenha sido um sucesso mesmo sem nós.

Nesta postagem, vou expor porquê, se tivesse a chance de voltar no tempo, teria ido à manifestação de qualquer maneira.

Sou libertário, não conservador. E embora ache que Bolsonaro, com Paulo Guedes na economia, tenha sido um dos melhores presidentes que se poderia esperar (perdendo apenas para Tancredo, cujo exemplo deveria ser seguido por todos os políticos e morrido antes de tomar posse), meu apoio à ele não é incondicional. Muito embora, não ligo de ser chamado de Bolsonarista. Se vai satisfazer o Sr. Esquerdista que lê estas linhas, me dê um documento declarando que me disponho à tal título, eu assino e oficializo. Feliz? Tá ok então. Não digo que não sou para “me desculpar” com a esquerda, e também não acho pejorativo.

Sigamos… Bem, simplesmente não compactuei com ser capital político em detrimento de uma pauta que achava importante.
Por que mudei de ideia depois?

Porque essa sanha dos esquerdistas de condenar à penas absurdas pessoas em sua esmagadora maioria sem antecedentes criminais,  que deveriam estar respondendo por vandalismo, e não a passar mais de uma década longe de suas famílias, é puro sadismo; por mais que eu ache que este pessoal atrapalhou politicamente a direita, que poderia ter feito manifestações de oposição ao governo Lula desde o começo do ano, observar um ato de maldade e não fazer nada é ser conivente, e senti vergonha de mim mesmo depois.

Por mais que eu não seja conservador, e não concorde com muitas pautas (novamente, não estou me desculpando à você, Sr. Esquerdista, que acha que eu lhe devo satisfações), vamos admitir: os conservadores são sempre ponta de lança quando o assunto é se opor à esquerda.
Não vou apoiar qualquer idiotice que vier pela frente, mas só este fato deveria nos fazer olhar com mais cuidado quando precisarem de nós.

Como o pessoal gosta de dizer… ninguém solta a mão de ninguém!

Sr. Amigo esquerdista

Já parou para pensar que eu, “talvez”, não quisesse ser seu cúmplice?

Ainda bem que eu não tenho provas, além do que meus olhos viram. Então não caberia uma denúncia, porque sei mas não posso provar.

Mas não parou para pensar a situação em que me colocou?!
Eu NÃO CONCORDO com as coisas que você fez.
Como pôde ter a deslealdade de me incluir entre as pessoas que sabem, mas não vão fazer nada?!

Não concordo com tudo que está no guardanapo sujo brasileiro, vulgo nossa constituição. Portanto, não quero me posicionar como guardião da lei. Mas acho bom que não me chegue mais nenhuma transgressão que me faça ter que passar por cima da minha moral para relevar. Vai dar ruim.